Desmistificando a adoção da nuvem pública no setor financeiro

O setor financeiro representa uma das indústrias mais antigas do mundo. Evidências arqueológicas encontraram exemplos de seguros que remontam a comerciantes babilônicos por volta de 4.000 a.C. Embora exemplos de bancos prototípicos possam ser encontrados no mundo antigo, a longevidade do setor bancário e de seguros funciona como uma faca de dois gumes. Embora estimule a confiança, ela também incentiva a inércia.

O setor financeiro geralmente hesita em adotar mudanças. Isto é, até que um determinado ponto de inflexão seja atingido - o que certamente parece estar se aproximando no que diz respeito às soluções de nuvem pública. De forma significativa, 19 dos 20 maiores bancos dos EUA já anunciaram iniciativas de nuvem pública.

No entanto, a adoção é variada. Analisando as seguradoras, em 2020, 51% consideraram gastar seu orçamento de TI na transformação da nuvem - uma maioria, mas apenas um pouco.
De acordo com a EY, 80% dos bancos do Reino Unido transferiram menos de 10% de sua infraestrutura de negócios para a nuvem pública. A análise regional constatou que o setor bancário da América Latina é o mais entusiasmado com as tecnologias de nuvem, com 82% dos executivos de TI acreditando que elas terão algum ou um grande impacto, em comparação com 67% na Europa e nas regiões da Ásia-Pacífico.

Mas qualquer hesitação em relação à nuvem pública precisa se dissipar rapidamente. Isso não só permitirá que as organizações ofereçam melhores serviços aos clientes, como também proporcionará vantagens no mercado cada vez mais competitivo de serviços financeiros. Antes de entendermos como superar essa hesitação em relação à nuvem pública e como a Getronics pode fazer a diferença, vamos entender e vencer os mitos comuns associados à adoção da nuvem pública para empresas dos setores bancário e de seguros:

Mitos sobre a nuvem pública

Embora o mercado de nuvem pública continue a crescer e deva valer US$ 591,8 bilhões em 2023, de acordo com o Gartner, esse crescimento não impediu que os equívocos se consolidassem. Veja a seguir as concepções errôneas mais comuns que ouvimos no mercado:

1. Sem governança

Um dos maiores mitos que cercam os serviços de nuvem pública diz respeito à governança. Será que a nuvem pública realmente não tem a governança de que as empresas de serviços financeiros precisam para evitar níveis excessivos de risco? Na verdade, existem várias disciplinas de governança comuns que acompanham qualquer plataforma de nuvem.

Seja qual for o aspecto específico da governança da nuvem que você precisa priorizar, seja o gerenciamento de custos, operações ou ativos, tanto os bancos quanto as seguradoras já demonstraram que a nuvem pública é uma opção viável. O National Australia Bank, por exemplo, automatizou elementos de sua governança de nuvem em 2019 para apoiar a migração de centenas de cargas de trabalho confidenciais e regulamentadas para a nuvem.

2. Sem segurança de dados

As empresas de serviços financeiros têm um medo genuíno em relação ao risco de segurança cibernética - e não sem uma boa razão. A empresa de seguros CNA supostamente pagou US$ 40 milhões após um ataque de ransomware em 2021, e há inúmeros outros exemplos de empresas do setor que foram alvo de ataques. Pode ter sido verdade que a nuvem tinha a reputação de não ter os níveis robustos de segurança que acompanham as soluções locais, mas não é mais assim. Conforme observado em um relatório recente da McKinsey, os provedores de serviços em nuvem "estão desenvolvendo práticas de segurança escritas mais bem definidas, oferecendo revisões de arquitetura de segurança e permitindo auditorias e fornecendo os resultados de auditorias de terceiros confiáveis em relação a padrões de segurança reconhecidos internacionalmente". Não é de surpreender que essa ênfase na segurança esteja sendo notada pelas empresas de serviços financeiros.

3. Não consegue cumprir a conformidade regulatória

Os bancos e as seguradoras enfrentam um cenário regulatório em constante mudança, influenciado por desenvolvimentos de fintech, mudanças no mercado e até mesmo mudanças geopolíticas. Para bancos e seguradoras, o não cumprimento da conformidade pode resultar em multas pesadas. Isso, aliado ao fato de que as violações de conformidade regulatória estão entre os três maiores desafios de segurança de aplicativos em nuvem para as organizações, explica de certa forma por que a nuvem pública ainda é vista como um risco de conformidade. No entanto, alguns provedores de nuvem pública fornecem até mesmo especialistas em conformidade e ferramentas interativas para garantir que os requisitos regulamentares relacionados à nuvem sejam atendidos. Longe de ser um passivo de conformidade, a nuvem pública é um ativo.

4. Isso coloca tudo em risco

Quando as organizações são questionadas sobre os maiores riscos relacionados à nuvem pública, elas geralmente não têm problemas para encontrar respostas. Uma pesquisa recente, por exemplo, citou a configuração incorreta (68%), o acesso não autorizado (58%), as interfaces inseguras (52%) e o sequestro de contas (50%). No entanto, para muitos no setor de serviços financeiros, esses riscos podem ser atenuados.

É por isso que há um número crescente de estatísticas mostrando que os serviços financeiros estão adotando uma postura mais aberta em relação à nuvem pública. De fato, a nuvem pública pode até ajudar a gerenciar riscos. Como explica Wayne Byres, presidente da APRA, uma instituição que supervisiona empresas bancárias e de seguros, "Em 2015, expressamos reservas sobre o uso da nuvem para iniciativas com risco inerente elevado ou extremo. Muita coisa mudou desde então: os provedores de serviços em nuvem fortaleceram seus ambientes de controle, aumentaram a transparência em relação à natureza dos controles implementados e melhoraram a capacidade dos clientes de monitorar seus ambientes."

Deixe de lado suas inibições com relação à nuvem pública

Apesar de a nuvem pública estar surgindo como uma opção cada vez mais viável para as empresas de serviços financeiros, ainda existem algumas barreiras. A primeira é o custo. Embora as despesas de capital para a nuvem pública sejam baixas (ou inexistentes), as despesas operacionais podem se acumular com o tempo. No entanto, desde que você examine seu contrato com cuidado, a nuvem pública pode, na verdade, reduzir significativamente os custos. É por isso que 61% das organizações planejam otimizar seu uso atual da nuvem para economizar custos.

A falta de pessoal com as habilidades necessárias é outro inibidor da adoção da nuvem pública - mas, novamente, isso pode ser facilmente superado. Lydia Leong, analista de pesquisa e vice-presidente distinta do Gartner, identificou cinco etapas para enfrentar o desafio relacionado às lacunas de habilidades internas na nuvem. Elas incluem suporte, treinamento, bom recrutamento, uso de prestadores de serviços de nível sênior e, se necessário, terceirização de conhecimento especializado. Essa última pode ser "uma abordagem baseada em projetos ou uma abordagem de serviços gerenciados de médio a longo prazo", diz Leong.

As crescentes taxas de adoção da nuvem entre as empresas do setor bancário e de seguros sugerem que os inibidores não são tão fortes quanto antes. De acordo com uma pesquisa da The Economist Intelligence Unit, 72% dos executivos de TI do setor bancário acreditam que a migração para a nuvem ajudará a organização a atingir suas prioridades comerciais.

Não perca as oportunidades relacionadas à nuvem pública

Os benefícios de uma nuvem pública são vastos. Listamos os principais para criar alguma perspectiva sobre a natureza e a relevância desses benefícios, já que essas vantagens estão finalmente sendo adotadas por muitas empresas de serviços financeiros em todo o mundo:

1. Escalabilidade sob demanda
2. Redução de custos
3. Aumento da velocidade de entrada no mercado
4. Transformando aplicativos de negócios
5. Transformando a experiência do usuário

No entanto, é importante entender que as oportunidades oferecidas pela nuvem pública só são acessíveis com o conhecimento, as ferramentas e os processos de negócios corretos - a migração para a nuvem não é uma solução rápida.

"A adoção da nuvem no setor de seguros tem sido prejudicada por vários fatores e desafios de percepção, mas talvez o maior problema tenha sido, ironicamente, a percepção positiva (mas não precisa) de que a 'nuvem' é a resposta para os problemas de negócios", explicou Chad Hersh, diretor de desenvolvimento mundial de negócios e mercado para o setor de seguros de vida da AWS. "A nuvem em si não se destina a resolver problemas de negócios por si só, mas as ferramentas e soluções que são executadas na nuvem - juntamente com as mudanças certas nos processos de negócios - podem ajudar nas jornadas de transformação digital e de negócios."

Na Getronics, entendemos tanto os benefícios quanto os desafios que envolvem a adoção da nuvem pública. No setor bancário e de seguros, o movimento em direção à nuvem pública já está em andamento, e nosso foco é ajudar nossos clientes do setor financeiro a criar estratégias robustas e acelerar essa jornada para desbloquear novos benefícios.

Conseguimos isso por meio de nossa estrutura de nuvem, que oferece uma experiência de ciclo de vida completo e permite que as empresas visualizem toda a sua jornada na nuvem, que consiste em várias fases. A criação de uma estratégia de nuvem completa não significa facilitar uma migração única, nem lançar mais tecnologia nos desafios comerciais enfrentados pelas empresas - trata-se de criar uma estratégia de nuvem que atenda a todos os objetivos comerciais. Isso inclui o fornecimento de uma estratégia de adoção consultiva, migração, desenvolvimento de nuvem, soluções de segurança e conformidade, operações contínuas, automação por meio de ferramentas de IA/ML e uma abordagem segura desde a concepção para garantir uma governança robusta para sempre.

Entre em contato conosco hoje mesmo para saber como os especialistas em nuvem da Getronics podem ajudá-lo a adotar a nuvem pública como parte de sua estratégia de negócios.