2025
Em 2025, as PMEs na Europa enfrentarão crescentes ameaças cibernéticas, desde phishing e ransomware até riscos internos. Conheça as cinco principais ameaças à segurança cibernética para PMEs e saiba como mitigá-las por meio de soluções práticas e dimensionáveis.
As 5 principais ameaças à segurança cibernética para PMEs em 2025 e como se defender contra elas
O cenário de ameaças à segurança cibernética enfrentado pelas pequenas e médias empresas (PMEs) na Europa se intensificou no último ano. À medida que os invasores se tornam mais organizados e oportunistas, as PMEs estão sendo cada vez mais visadas devido à percepção de sua falta de defesas robustas. As primeiras descobertas de 2024 indicam que os criminosos cibernéticos estão mudando o foco das grandes empresas para organizações de médio porte que, muitas vezes, não têm recursos para responder de forma eficaz.
Somente na Alemanha, 73% das PMEs sofreram pelo menos um ataque cibernético em 2023, de acordo com a Bitkom. Esse número destaca a escala crescente do problema e ressalta a necessidade urgente de medidas de segurança cibernética mais fortes em todo o setor de PMEs. As PMEs são particularmente vulneráveis porque geralmente operam com orçamentos de TI limitados, dependem de sistemas desatualizados e não têm uma equipe de segurança dedicada. Muitas também subestimam seu apelo aos criminosos cibernéticos, o que as torna alvos mais fáceis.
As 5 principais ameaças à segurança cibernética para as PMEs em 2025
1. Phishing e engenharia social
O phishing continua sendo o ponto de entrada mais comum para ataques cibernéticos contra PMEs, especialmente na região DACH, onde os invasores cada vez mais se fazem passar por executivos, fornecedores ou órgãos governamentais. Esses golpes se baseiam em táticas de engenharia social para induzir os funcionários a compartilhar credenciais de login, fazer pagamentos ou abrir anexos maliciosos.
As PMEs estão especialmente em risco devido ao treinamento de conscientização limitado e às defesas de e-mail menos sofisticadas. Muitas não têm protocolos claros para verificar solicitações incomuns, o que as torna mais vulneráveis à chamada "fraude do CEO" e aos golpes de fatura. No Reino Unido, 84% das empresas que sofreram violações ou ataques de segurança cibernética enfrentaram tentativas de phishing em 2024.
Para atenuar esse problema, as PMEs devem investir em programas estruturados de conscientização dos funcionários. O treinamento em segurança deve ser obrigatório e contínuo, e não um evento único. Campanhas de phishing simuladas são uma maneira eficaz de ajudar a equipe a reconhecer sinais de alerta em cenários reais. Do ponto de vista técnico, ferramentas avançadas de filtragem de e-mail podem detectar e bloquear conteúdo malicioso antes que ele chegue às caixas de entrada. Elas devem ser combinadas com proteções em nível de domínio, como DMARC, SPF e DKIM, para evitar e-mails falsificados.
2. Ransomware
O ransomware continua a ser uma ameaça de alto nível para as PMEs em 2025, tanto em termos de frequência quanto de gravidade. Os grupos criminosos evoluíram suas táticas: em vez de apenas criptografar os dados, eles agora os exfiltram primeiro, ameaçando vazar informações confidenciais se o resgate não for pago. Para as PMEs, essa estratégia de extorsão dupla acarreta um risco legal e de reputação ainda maior, especialmente sob o GDPR. Um estudo de junho de 2024 indica que 75% das PMEs teriam dificuldades para continuar operando se fossem alvo de ataques de ransomware.
Os pontos de entrada típicos são bem conhecidos: e-mails de phishing com anexos maliciosos, vulnerabilidades de software não corrigidas e serviços de acesso remoto expostos, como o RDP. Uma vez dentro, os atacantes se movem lateralmente pela rede, identificam dados valiosos e executam a criptografia. Para as PMEs sem redes segmentadas ou monitoramento ativo, essas etapas podem passar despercebidas até que seja tarde demais; a mitigação do ransomware requer preparação e prevenção.
- Primeiro, as PMEs devem implementar uma estratégia de backup robusta. Os backups devem ser automáticos, criptografados e armazenados em um local inacessível ao ransomware, de preferência usando armazenamento em nuvem imutável ou backups off-line. Esses backups devem ser testados regularmente para garantir que possam ser restaurados rapidamente sob pressão.
- Em segundo lugar, a segmentação da rede é fundamental. A restrição do acesso entre departamentos ou sistemas impede que o ransomware se espalhe sem controle. Combinado com a proteção de endpoints e as ferramentas de EDR, isso pode interromper um ataque antecipadamente, antes que os danos sejam generalizados.
- Um plano de resposta eficaz é igualmente importante. A equipe deve saber como isolar as máquinas infectadas, alertar a TI e iniciar a contenção. Exercícios regulares de mesa podem tornar esse processo algo natural.
3. Sistemas e softwares desatualizados
A execução de sistemas desatualizados é uma das vulnerabilidades mais comuns e facilmente exploradas em pequenas e médias empresas. Em 2023, mais de um terço das PMEs em todo o mundo ainda estava operando sistemas operacionais sem suporte ou software legado. Essas ferramentas desatualizadas geralmente contêm falhas de segurança conhecidas que os invasores podem explorar com o mínimo de esforço.
Os sistemas mais antigos podem estar profundamente incorporados às operações, o que faz com que as atualizações pareçam arriscadas ou disruptivas. No entanto, quanto mais tempo esses sistemas permanecerem sem patches ou sem suporte, maior será a exposição a ataques que podem prejudicar os negócios.
- Uma abordagem estruturada para o gerenciamento de patches é essencial. As PMEs devem manter um inventário atualizado de todos os ativos de hardware e software e monitorá-los quanto a avisos de fim de vida útil dos fornecedores.
- Ciclos regulares de aplicação de patches (no mínimo, uma vez por mês) garantem que as vulnerabilidades críticas sejam eliminadas assim que as correções estiverem disponíveis. Quando a aplicação automática de patches for viável, ela deve ser ativada por padrão.
- Quando as atualizações não são possíveis imediatamente, os controles de compensação, como a segmentação rigorosa da rede e a limitação do acesso à Internet para sistemas legados, podem reduzir a exposição. O isolamento desses sistemas de partes mais sensíveis da rede pode impedir que um invasor os use como ponto de partida para um comprometimento mais amplo.
Paralelamente, as PMEs devem começar a planejar transições de longo prazo para longe de plataformas sem suporte. A migração de cargas de trabalho essenciais para ambientes baseados em nuvem ou infraestrutura moderna permite atualizações de segurança mais robustas e automatizadas e, muitas vezes, inclui ferramentas integradas de conformidade e monitoramento que os ambientes legados não possuem.
4. Controles de acesso insuficientes
Controles de acesso fracos ou mal configurados são uma causa frequente de violações em PMEs. Sem as devidas restrições sobre quem pode acessar o quê, os invasores que comprometem uma única conta podem se movimentar livremente em uma rede. Esse problema se tornou mais grave com o aumento do trabalho remoto e dos serviços em nuvem, em que os funcionários acessam sistemas confidenciais de vários dispositivos e locais.
84% das organizações sofreram uma violação relacionada à identidade em 2023, muitas das quais resultaram de controles ausentes ou mal implementados, como autenticação multifator (MFA) ou permissões de usuário excessivas. Nas PMEs, é comum encontrar logins compartilhados, contas de administrador usadas para tarefas de rotina e pouco ou nenhum gerenciamento formal de identidade. Essas práticas criam uma exposição desnecessária e dificultam a contenção de um incidente quando uma conta de usuário é comprometida.
- O aprimoramento dos controles de acesso começa com a aplicação da MFA em todos os sistemas essenciais, incluindo e-mail, VPNs, plataformas de nuvem e consoles administrativos. Isso, por si só, reduz significativamente o risco de controle de contas. As políticas de senha também devem exigir credenciais fortes e exclusivas e não permitir a reutilização.
- Igualmente importante é o princípio do menor privilégio. Cada usuário deve ter acesso apenas aos dados e sistemas necessários para realizar seu trabalho, nada mais. Isso requer controles de acesso baseados em funções e revisões periódicas das permissões dos usuários para garantir que permaneçam apropriadas à medida que as funções mudam.
- O acesso remoto deve ser gerenciado com rigor. Serviços como RDP ou SSH nunca devem ser expostos diretamente à Internet. Em vez disso, as PMEs devem usar VPNs seguras com MFA e considerar políticas com reconhecimento de contexto (como geofencing ou confiança no dispositivo) para maior proteção.
- As PMEs também devem considerar a adoção de estruturas de Acesso à Rede Zero-Trust (ZTNA). Em vez de confiar nos usuários por padrão quando eles estão dentro da rede, o ZTNA verifica continuamente cada solicitação com base na identidade, na postura do dispositivo e no contexto. Essa abordagem limita o movimento lateral e garante que, mesmo que uma credencial seja comprometida, os invasores não consigam escalar facilmente seu acesso.
O controle de acesso não se trata apenas de evitar ataques externos. Ele também ajuda a limitar os danos causados por erros internos ou uso indevido, que são comuns em organizações menores sem supervisão formal de TI. Ao tratar a identidade como um limite de segurança, as PMEs podem fortalecer drasticamente sua resiliência contra uma ampla gama de ameaças.
5. Ameaças internas
As ameaças internas continuam sendo um dos desafios de segurança cibernética mais difíceis para as PMEs. Essas ameaças podem se originar de funcionários atuais ou antigos, prestadores de serviços ou parceiros de negócios que têm ou tiveram acesso legítimo a sistemas ou dados. Embora existam insiders mal-intencionados, a maioria dos incidentes não é intencional e decorre de descuido, treinamento inadequado ou direitos de acesso excessivamente amplos.
De acordo com o relatório de 2024 do Ponemon Institute sobre ameaças internas, 56% dos incidentes de segurança relacionados a informações internas foram causados por negligência, não por intenção. Nas PMEs, onde processos informais e equipes unidas são comuns, o risco de exposição acidental é frequentemente subestimado.
Exemplos comuns incluem funcionários que enviam arquivos confidenciais para e-mails pessoais, usam unidades USB não seguras ou configuram incorretamente as definições de armazenamento em nuvem. Essas ações podem não parecer perigosas no momento, mas podem resultar em violações de dados significativas, perdas financeiras ou consequências regulatórias se informações pessoais ou de clientes forem expostas.
- Para resolver isso, as PMEs devem estabelecer políticas claras de governança de dados e de uso aceitável. A equipe deve saber exatamente quais dados podem ser compartilhados, onde podem ser armazenados e como devem ser tratados. O treinamento de conscientização sobre segurança deve incluir exemplos reais de violações acidentais e enfatizar a importância da vigilância.
- Do ponto de vista técnico, o monitoramento da atividade do usuário e as ferramentas de prevenção contra perda de dados (DLP) podem sinalizar comportamentos incomuns, como grandes transferências de arquivos, uso de dispositivos não autorizados ou acesso a documentos restritos. Embora a DLP em grande escala possa ser muito complexa para algumas PMEs, até mesmo o monitoramento básico e o registro de acesso a dados confidenciais são um bom ponto de partida.
- O acesso também deve ser rigorosamente controlado e revisado regularmente. As contas de ex-funcionários devem ser desativadas imediatamente após a saída. O acesso privilegiado deve ser limitado a alguns usuários confiáveis, e os registros de atividades administrativas devem ser auditados periodicamente.
As ameaças internas nem sempre são resultado de más intenções, mas, sem as devidas proteções, até mesmo um simples erro pode levar a consequências graves.
Transformando a conscientização em ação
Para as PMEs de toda a Europa, e especialmente na região DACH, a segurança cibernética em 2025 está mais complexa e implacável do que nunca. De esquemas de phishing e ransomware a infraestruturas desatualizadas, controles de acesso fracos e ameaças internas, as empresas menores enfrentam os mesmos riscos que as grandes empresas, mas geralmente com muito menos recursos.
O que une essas cinco ameaças é sua capacidade de prevenção. Na maioria dos casos, as violações ocorrem não porque os atacantes são excepcionalmente sofisticados, mas porque as defesas básicas estavam ausentes ou mal configuradas. Sistemas desatualizados não são corrigidos. Os funcionários não recebem treinamento para identificar e-mails de phishing. O acesso é concedido de forma muito ampla e revisado muito raramente.
É por isso que a segurança cibernética não pode mais ser considerada apenas uma questão de TI; ela é uma responsabilidade da liderança. Os tomadores de decisão das PMEs devem garantir que o gerenciamento de riscos, o treinamento da equipe e as atualizações tecnológicas sejam priorizados juntamente com outras funções essenciais da empresa. Até mesmo melhorias incrementais na postura de segurança podem fazer uma diferença significativa em um ambiente em que os invasores procuram o alvo mais fácil.
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